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Mudanças vieram para ficar. Eficiência, conveniência e custo. Quem não conseguir enxergar e trabalhar nesse novo cenário enfrentará problemas

Na quinta parte da série “Conversando com clientes” entrevistamos o Diretor Industrial da Embaré, Vinicius Rezende Melo
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Na quinta parte da série “Conversando com clientes” entrevistamos o Diretor Industrial da Embaré, Vinicius Rezende Melo

“Adotamos e implementamos mais de 40 ações, entre as básicas e as de contingência”, conta Vinícius Rezende Melo, Diretor Industrial da Embaré. “Temos todo o cuidado interno, tudo o que é necessário para a segurança de nossos colaboradores, mas também nos preocupamos com possíveis contaminações externas que possam entrar na fábrica. Na logística, por exemplo, todos os nossos motoristas recebem um kit com alimentação básica para evitar pontos de paradas e contatos exteriores. Estendemos o fornecimento de máscaras para os familiares e assim vamos nos adequando, acompanhando a velocidade que tudo tem acontecido”, explica.

Como em toda a indústria de lácteos, com a mineira Embaré, não foi diferente. Na largada do confinamento, onde as pessoas estocaram produtos, houve um crescimento na venda de leite UHT. “Para se medir o mercado do UHT, temos que olhar para toda a cadeia. A equação não se resume somente a uma análise no ponto de venda. A falta ou a sobra de leite na bacia, devido a vários fatores, interfere no preço cobrado pelo produtor. Depois vem o custo envolvido na produção desse leite, desde a captação até o envase. Por fim, a negociação com o ponto de venda. Ou seja, se ganhamos mais por um lado, acaba compensando o que perdemos no outro”, pondera Vinícius.

De acordo com Vinícius, o momento é incerto para todos. “Algumas cooperativas estão instruindo o produtor a produzir menos leite, para diminuir a quantidade da oferta e não perder o leite. Outros, continuam na média de produção. Mas acredito que os produtores, de forma geral,  já estão cientes de que poderemos ter esse colapso em algum momento”, complementa.

Na visão do diretor industrial, o varejo trabalha de acordo com a demanda, pois teme por um período de instabilidade do consumidor por conta da economia. Isso explica a compra do mercado somente para reposição e não para estoque. O que não favorece a indústria.

“Quando olhamos para o seguimento de lácteos, vemos que as indústrias caminham só, cada uma por si. Porém, esse momento pelo qual estamos passando pode ser o início de um movimento para a união, afinal todos estamos passando por um momento de turbulência”, analisa Vinícius.

“Porém, o mercado vai mudar, a forma com que o consumidor interage com a marca também. Ele vai ter um olhar mais atento para o que é um produto de qualidade e vai passar a valorizar a os produtos que consome. Vai entender quais são as marcas que trabalham de forma correta e, então, consumir o que realmente é bom”, comenta Vinícius. “Por esse lado, será positivo”.

Em relação à polarização, no entendimento de Vinícius existe em alguns produtos a possibilidade de fazer duas marcas. “Podemos ter um leite condensado e uma mistura, por exemplo, mas ainda assim são produtos diferentes. A verdade é que teremos que nos adequar à nova realidade, todos nós: produtor, indústria, varejo e consumidor”, ressalta.

Entre as ações desenvolvidas com a comunidade está a doação de leite para mais de 50 instituições que servem como ponto de distribuição mapeadas na região de Minas Gerais e no sertão do Nordeste de todos os locais onde a Embaré está presente, seja com a captação de leite ou nos pontos de venda. “Elas garantem que tudo chegue até as famílias necessitadas com mais agilidade. Em menos de 3 meses já tivemos muitas famílias assistidas com fornecimento de leite em pó e leite UHT”, conta diretor industrial.

“A Embaré é uma empresa sólida, que se preocupa com o colaborador e o consumidor. Não abriremos mão da nossa cultura de fazermos um produto de qualidade e cada vez melhor.  Nossos olhos estão além da empresa, olhamos para a segurança do colaborador e sua família, olhamos para a comunidade, para os produtores e para os caminhoneiros. A comunidade também é o foco, como a Embaré pode melhorar e cuidar dela, principalmente em um momento como esse, onde as dificuldades estão aí para todos. Seguiremos sempre firmes nesse propósito”, finaliza Vinícius.

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    Data de postagem
    • julho 08, 2020