Os efeitos de primeiro mês após a chegada do COVID-19 no Brasil.

Já se passou um mês desde que o primeiro caso de COVID-19 foi anunciado no Brasil. Desde então, muitas mudanças aconteceram no país e no mundo. Não somente as rotinas de higiene e as restrições de locomoção, mas também novos hábitos de consumo e medidas do governo para que a economia e a população consigam passar por esse período de incertezas.
Existe um consenso em relação à economia esse ano, que infelizmente haverá uma queda no crescimento do país, mas os economistas afirmam que os impactos serão a curto prazo, considerando que o crescimento do país deve ser retomado em 2021.
De acordo com a pesquisa Focus que o Banco Central divulgou nesta segunda-feira, dia 30, a expectativa agora é de uma contração de 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, contra alta de 1,48% vista antes. Para 2021, permanece a projeção de expansão de 2,50%.
Em relação ao consumo, a busca por abastecimento para garantir o conforto e alimento da família durante o período de isolamento social ainda mostra uma busca aos pontos de vendas. A Associação Paulista de Supermercados divulgou um crescimento do movimento presencial de 18% na semana de 31 de março, na grande São Paulo, no Interior foi de 8%.
De acordo com a Mintel, em uma pesquisa realizada entre 17 e 20 de março, 21% dos brasileiros declararam ter estocado mantimentos e outros suprimentos em decorrência do COVID-19. 39% declararam comprar mantimentos em atacadistas, mas a maioria ainda vai a supermercados (59%).
A Mintel identificou também que os Brasileiros sempre tiveram barreiras em relação à compra online, mas com o surto do COVID-19, espera-se que este hábito seja adotado para o futuro, e que aumente entre os consumidores mais velhos, de acordo com o instituto 18% dos consumidores brasileiros estão aumentando suas compras online.
A APAS identificou que as vendas online no estado de São Paulo subiram 107% na semana de 23 a 29 de março, sendo que na semana anterior de 16 a 22, o aumento foi de 74%.
Mudanças nas medidas públicas para auxiliar a população e as empresas
Os órgãos públicos também têm se movimentado para diminuir os impactos do COVID-19 na economia familiar e amparar profissionais liberais, autônomos, etc. Para a gerente do departamento jurídico da SIG na américa do sul, Audinéia Candia, estamos em um momento de mudanças constantes “As alterações e propostas do governo têm sido muito dinâmicas, todas as empresas, bem como os líderes e empreendedores devem se atentar às medidas tomadas pelos Governos, em todas as suas instâncias, pois muitas delas podem auxiliar no equilíbrio dos negócios nesse momento de incertezas”.
De acordo com a empresa de inteligência governamental Prospectiva, das últimas 272 medidas publicadas, entre portarias, resoluções e decretos, pelo governo federal, mais de 48% envolvem iniciativas nas áreas de Economia e Trabalho e Saúde, sendo que 65 subitens estão relacionados a estimulo econômico e 50 a flexibilização trabalhista.
Uma das medidas adotadas para a flexibilização trabalhista, a MP 936/2020 prevê medidas emergenciais para a manutenção do emprego e da renda com dois focos: Redução proporcional da jornada de trabalho e salário e Suspensão temporária do contrato de trabalho. Outra medida tomada para apoiar as empresas e trabalhadores e evitar as demissões foi a MP 927/2020 que autoriza e flexibiliza algumas ações como o teletrabalho, a antecipação de férias individuais, a concessão de férias coletivas, entre outros.
A nível estadual, o estado que mais adotou ações em resposta à crise do coronavírus foi Minas Gerais, com 30 iniciativas, seguido pelo Amazonas e Amapá, com 28 cada. No geral, foram adotadas diversas inciativas de estímulo econômico, como a redução de alíquotas de impostos e a criação de programas de Renda Básica Emergencial.
O Senado aprovou nesta segunda-feira (30/03) um auxílio emergencial de R$ 600 por mês para trabalhadores autônomos, desempregados e microempreendedores de baixa renda, com objetivo de proteger segmentos mais vulneráveis em meio à crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus. Os pagamentos devem começar na segunda quinzena de abril.
O texto aprovado no Congresso prevê que o auxílio emergencial terá duração inicial de três meses, podendo ser prorrogado por mais três meses. A proposta também estabelece que até dois membros da mesma família poderão receber o benefício, somando uma renda domiciliar de R$ 1.200,00.
A SIG está monitorando todas as novas medidas e movimentações do governo, bem como as mudanças no consumo para auxiliar seus clientes a passar por esse período turbulento. Caso necessite de ajuda, tenha dúvidas ou sugestões de iniciativas ou ações para minimizar os impactos do COVID-19 em seus negócios entre em contato conosco. Envie um e-mail para marketing.ams@sig.biz ou fale com o seu Gerente de Contas SIG.
- abril 06, 2020